segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O EQUILÍBRIO CORPORAL E OS DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM

          Crianças com distúrbio vestibular (a tontura como vestibulopatia pode se manifestar como vertigem – tontura giratória), têm dificuldade de descrever o que sentem, por isso, ficarmos atentos a sintomas associados se faz necessário. Um mal-estar indefinido, tonturas, quedas, cinetose, manifestações neurovegetativas, mau rendimento escolar e distúrbios de linguagem podem ser subsídios para uma possível identificação de uma labirintopatia como fonte destes problemas.
          O equilíbrio físico, a postura e a coordenação motora são alicerces fundamentais para a aquisição da aprendizagem da linguagem falada e escrita.
         Os distúrbios de aprendizagem em crianças portadoras de vestibulopatias acontecem pela desorientação espacial (concepção imprecisa de sua própria posição espacial), inabilidade para realizar movimentos coordenados e dificuldade de concentração. Estas crianças adotam posições cefálicas anormais durante a escrita. Têm sensações distorcidas do tamanho do seu próprio corpo e dos objetos circundantes. Algumas não conseguem avaliar adequadamente o seu peso e a extensão de seus membros.


(Revista Diálogo – CRFa1ª - Dez/2005)

domingo, 19 de abril de 2009

BONS PAIS X PAIS BRILHANTES



Bons pais dão presentes, Pais brilhantes dão seu próprio ser.

Bons pais nutrem o corpo, Pais brilhantes nutrem a personalidade.

Bons pais corrigem erros, Pais brilhantes ensinam a pensar.

Bons pais preparam os filhos para os aplausos, Pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos.

Bons pais conversam, Pais brilhantes dialogam como amigos.

Bons pais dão informações, Pais brilhantes contam histórias.

Bons pais dão oportunidades, Pais brilhantes nunca desistem.


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BONS PROFESSORES X PROFESSORES FASCINANTES

Bons professores são eloquentes, Professores fascinantes conhecem o funcionamento da mente.

Bons professores possuem metodologia, Professores fascinantes possuem sensibilidade.

Bons professores educam a inteligência lógica, Professores fascinantes educam a emoção.

Bons professores usam a memória como depósito de informações, Professores fascinantes usam-na como suporte da arte de pensar.

Bons professores são mestres temporários, Professores fascinantes são mestres inesquecíveis.

Bons professores corrigem comportamentos, Professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula.

Bons professores educam para uma profissão, Professores fascinantes educam para a vida.

(Augusto Cury, 1958)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

ACORDO UNIFICA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Em todo o mundo, 230 milhões de pessoas falam a Língua Portuguesa. Apesar disso, o idioma era o único que tinha duas formas de escrita - a europeia e a brasileira -, ao contrário de outras línguas, como inglês e espanhol, que possuem uma só grafia.
Esse detalhe aparentemente simples já causou muitos transtornos no intercâmbio cultural e científico entre as nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - que são Brasil, Angola, Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - e mesmo na difusão do próprio idioma. Por isso havia a necessidade de um acordo para padronizar a ortografia entre os países. Juntos, eles somam uma população estimada em 230 milhões de pessoas (sendo 190 milhões só do Brasil). Com o acordo, a língua portuguesa deixará de ser a única com duas ortografias e poderá ser classificada como idioma oficial na Unesco.


O Brasil foi o primeiro país a implementar as novas regras, que começaram a valer a partir de janeiro de 2009. No dia 19 de setembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que estabelece o cronograma de implantação do acordo.

UM LONGO PROCESSO

A discussão sobre a necessidade da padronização da ortografia da Língua Portuguesa é uma realidade para os países integrantes da CPLP desde 1986 quando aconteceu, no Rio de Janeiro, o Encontro para Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa. Um dos grandes entusiastas desse prcesso era o filósofo Antônio Houaiss. Para ele, a falta de unidade ortográfica na língua trazia muitos problemas, tanto linguísticos quanto políticos. Em dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico entre os integrantes da CPLP é finalmente assinado pelos signatários de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Timor Leste ainda não era um país livre, portanto, somente ratificou o Acordo mais tarde.
 
Apesar da assinatura do documento, houve resistência à sua efetiva implementação, sobretudo por parte de Portugal, país em que as alterações podem chegar a 1,6% das palavras adotadas. Apesar dos problemas, o Acordo foi ratificado, dando à Língua Portuguesa uma unidade ortográfica.

No Brasil, as mudanças foram feitas de forma gradativa a partir de 1º de janeiro de 2009, com um prazo de conclusão até o início de 2013. O decreto determina que, nos quatro anos de transição, sejam aceitas as duas formas.
 
As mudanças avetaram aproximadamente 0,43% das palavras adotadas no Brasil.

O Acordo Ortográfico foi organizado em 21 bases. Essas bases contemplam os aspectos que envolvem a língua portuguesa e aponta as mudanças necessárias.

O QUE MUDOU NO BRASIL COM AS NOVAS REGRAS:

I) ALFABETO

O alfabeto brasileiro ganha três novas letras: k, w e y. Passando a ficar com 26 letras. Seu emprego estará restrito a alguns casos, como nomes próprios, palavras estrangeiras incorporadas à língua e símbolos, abreviaturas e palavras adotadas como medidas de unidades internacionais.

Ex: Kuwait, show, downloud, km, Franklin.

II) HÍFEN

1. Deixará de ser utilizado:

* quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com s ou r, essas consoantes passam a ser duplicadas.

Ex: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom, extrarregulamentação.

* quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com uma vogal diferente.

Ex: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoescola.

Exceção: será mantido o hífen quando o prefixo terminar com r ("hiper", "inter" e "super").

Ex: hiper-requintado, inter-resistente e super-revista.

2. Deverá ser utilizado:

* quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento.

Ex: micro-ondas, anti-inflamatório.

III) TREMA

Deixa de existir na grafia da Língua Portuguesa (quando indica que o u dos grupos gue, que, gui e qui é pronunciado). Mas a pronúncia permanece a mesma.

Ex: aguentar, consequência, linguiça, líquido.

Exceção: o trema permanece nos nomes próprios de origem estrangeira.

IV) ACENTO DIFERENCIAL

Não se usará mais para diferenciar:

1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição).

2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo).

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo").

4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo).

5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica).

V) ACENTO CIRCUNFLEXO

Não se usará mais:

1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem".

2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo".

VI) ACENTO AGUDO

Não se usará mais:

1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca".

3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

VII) GRAFIA

No português lusitano:

1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo".