Assunto: FLORAIS DE BACH PARA PESSOAS, ANIMAIS E PLANTAS

ESTUDO BÁSICO DOS FLORAIS

1886 (24/09) - nasce Edward Bach em Moseley, Inglaterra. Primogênito de três filhos, sua família tem raiz galesa e seu pai é dono de uma fundição de bronze.

1903-1906 - aprendiz na fundição do pai. Nessa época resolve-se pelo estudo da medicina.

1906-1913 - estudo da medicina em Birmingham e Londres. Depois de formado trabalha como responsável pelo atendimento de acidentados no University College Hospital. A seguir é nomeado assistente do departamento de bacteriologia e imunologia.

1917 - colapso da saúde – hemorragia gástrica.

1918-1922 - cargo no Hospital Homeopático de Londres. Bach classifica os chamados “sintomas emocionais” dos pacientes.

1920-1928 - abertura de um laboratório em Park Crescent e um consultório em Harley Street, bem como um ambulatório para pessoas pobres em Nottingham Place. Observação mais intensa dos componentes psíquicos do surgimento da doença e conhecimento intuitivo de determinados tipos de personalidade emocional e modos de reação da natureza humana.

1930 (a partir de) - vende seu consultório e laboratório londrinos e dedica seu tempo integralmente ao estudo de diferentes personalidades humanas e à busca de plantas curadoras específicas (baseado no princípio da homeopatia). Junto com sua assistente Nora Weeks, Bach encontra e prepara os nove primeiros dos chamados Twelve Healers (Doze Curadores) nos arredores de Cromer, condado de Norfolk. Descobre o método solar.

1931 (a partir de) - descobre os três últimos remédios da série Twelve Healers.

1933 - descobre e prepara mais quatro remédios que são chamados Four Helpers.

1934 - descobre os três últimos florais que completam a primeira série formando os sete auxiliares. Formula seu remédio dos primeiros socorros, o Rescue. Instala-se em Sotwell. Em rápida seqüência encontra mais dezenove remédios e cria o método de fervura (Boiling) em seis meses.

1936 - Bach acredita que seu sistema está concluído e encerra sua obra. Divulga sua terapia e seus conhecimentos. Ele queima todas as suas anotações.

1936 (27/11) - Bach morre durante o sono. A causa da morte é parada cardíaca.


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FLORAIS PARA ANIMAIS

           Não há pior época para os animais que as festas de fim de ano. Isso porque o pânico que os animais sentem com o barulho ensurdecedor dos fogos de artifícios é negligenciado pela grande maioria dos humanos, que esquecem que a audição dos animais, principalmente dos cães e gatos, é muito maior que a nossa.
          Muitos animais fogem apavorados e acabam perdidos e/ou atropelados. Outros na ânsia de se livrarem do intenso barulho terminam enforcados em suas próprias correntes. Alguns animais têm convulsões. Há ainda os que pulam das janelas de apartamentos, tamanho o pavor que sentem dos fogos.
          Não é difícil que um animal mude completamente seu comportamento após passar pela tortura de não ter como se livrar do intenso foguetório humano. O pior de tudo é que nessa época dificilmente se encontra veterinários disponíveis para um atendimento emergencial. Portanto, o ideal é prevenir.
          Com o objetivo de impedir o acontecimento do relato acima, faz-se necessário o uso da terapia floral. Sem contraindicação, a administração de fórmulas florais em animais é tão eficaz quanto em seres humanos. Neste caso específico, o efeito será imensamente benéfico ao animal em questão, pois proporcionará tranquilidade e serenidade ao mesmo e consequentemente ao(s) seu(s) dono(s).
         Vale lembrar que, assim como essa, qualquer outra fórmula floral pode ser ministrada juntamente com outro tramamento ortodoxo, visto que é uma terapia complementar, sem causar danos, dependências ou efeitos colaterais.

ATENÇÃO:

          Quando for mandar manipular a esta fórmula floral, não se esqueça de avisar que a mesma NÃO poderá conter conservantes, portanto, o álcool, a glicerina e o vinagre de maçã estão fora! Nesta fórmula só poderá conter água mineral sem gás. Nas farmácias de manipulação, costumam dizer que esta fórmula dura apenas 2 (dois) dias, mas na geladeira, ela durará 7 (sete) dias. É importante que a fórmula venha em um frasco de vidro âmbar de 30ml com tampa conta-gotas.

FÓRMULA (6 essências):

> SWEET CHESTNUT  +  STAR OF BETHLEHEM  +  ROCK ROSE  +  MIMULUS  +  ASPEN  +  CHERRY PLUM


DOSAGEM:

* para aves pequenas: 2 gotas, 4 vezes ao dia (pode colocar no bebedouro).
* para aves maiores: 4 gotas, 4 vezes ao dia (pode colocar no bebedouro).
* para gatos e cães de pequeno e médio porte: 4 gotas, 4 vezes ao dia (pode gotejar direto na boca).
* para cães de grande porte e gigantes: 6 gotas, 4 vezes ao dia (pode gotejar direto na boca).
* para animais de grande porte: 30 gotas, 4 vezes ao dia (pode colocar no bebedouro).

OBS.: Trocar a água do bebedouro 4 vezes ao dia.

          Para se ter absoluto sucesso no tratamento, é interessante que se tenha continuidade no mesmo, não esquecendo de ministrar as gotinhas regularmente, conforme indicado. Aconselha-se a começar o tratamento, pelo menos 5 dias antes do Natal e estendê-lo até  o dia 3 de janeiro, já que algumas pessoas insistem em prolongar a barulheira.


OUTRA DICA PARA AJUDAR NOSSOS AMIGUINHOS

          Procure manter os gatinhos num quarto fechado, confortável, com água, comida e, se possível, com música suave, onde ninguém tenha acesso. Deixe, pelo menos, uma porta de armário aberta ou casinhas apropriadas para que eles possam se esconder em caso de pânico. Os gatos são muito sensíveis.
          Quanto aos cães, também devem ser mantidos num cômodo confortável, livres de correntes, com música suave e sem que pessoas estranhas tenham acesso. Não deixe muitos cães juntos, pois o pânico que os rojões causam pode ocasionar brigas com consequências irreparáveis. Caso seja inviável colocar os cães para dentro, procure uma forma de colocar a música suave no canil.
          Também é muito legal disponibilizar brinquedos e objetos que eles gostem muito, pois ajudam a distrair os bichanos. Durante esse período de festas, mantenha um contato maior com eles. Esse é o momento (entre outros) ideal para demonstrar amor e cuidado com o animal de estimação.


PARA REFLETIR !!!
Significado da palavra estimação:
"Ter estima, prezar, apreço, sentimento de importância de alguém ou algo, amizade".
(Dicionário Aurélio)




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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ATUAÇÃO DA TERAPIA FLORAL NAS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
(Autora: Verônica Meireles - 2007)


“Os florais curam, não combatendo a doença, mas inundando nosso corpo com as sublimes vibrações da nossa natureza superior em cuja presença a enfermidade se dissolve como a neve à luz do sol.”
(Dr. Edward Bach)


          Desde tempos imemoriais sabe-se que a Providência colocou na Natureza recursos capazes de prevenir e de curar as enfermidades, como ervas, plantas e árvores divinamente enriquecidas. Os remédios da Natureza expostos nessa pesquisa demonstram contar com a bênção que os sobrepõe aos demais em seu trabalho beneficente; e demonstraram ser capazes de curar todo tipo de enfermidades e sofrimentos.

         A tensão, a ansiedade, o aborrecimento e assim por diante, todos têm o potencial para curar uma variedade de problemas físicos, que se manifestam de modos diferentes. Todos experimentamos os sentimentos de “vazio e náusea” quando nervosos ou agitados, ou tomamos consciência de uma secura na boca, do tremor de nossas mãos úmidas ou de um palpitar no peito, quando com medo ou apreensivos. Todas essas são sensações físicas, que não têm nada de imaginário, mas que são muito reais; no entanto, todas ocorrem como conseqüência de algum distúrbio emocional.

        Devido ao fato de a mente ser a parte mais delicada e sensível do corpo, nela aparecem mais claramente a gênese e o curso da enfermidade do que no resto do corpo, e é por isso que se utiliza a observação da mente como guia para conhecer que remédio ou que agrupamento de remédios é necessário para o equilíbrio do corpo e da mente.

          Sabe-se que a mesma enfermidade pode ter efeitos diferentes em pessoas diferentes; é dos efeitos que devemos nos preocupar, porque eles nos guiam até a verdadeira causa da doença.

          Para abordar a contento esse problema, temos de levar em consideração a pessoa como um todo, lembrando sempre de sua personalidade, seu estilo de vida e as influências emocionais a que está sujeita. Só então, a verdadeira causa do problema pode ser detectada e pode-se cuidar da cura.


OBJETIVO

“A maior contribuição que podemos dar aos outros é sermos, nós mesmos, felizes e esperançosos; assim poderemos tirá-los do seu desalento. A ação destes remédios é a elevação de nossas vibrações, a abertura de nossos canais para o EU espiritual e inundando nossa natureza com a virtude particular de que necessitamos e removendo de nós a imperfeição que nos está causando danos.”
(Dr. Edward Bach)



          A Terapia Floral, reconhecida e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS – 1976), tem a finalidade de permitir que a personalidade possa dominar sozinha o estado passageiro de ânimo negativo, típico da natureza humana. Ela auxilia o ser humano na descoberta e compreensão das suas emoções e padrões de comportamento, trazendo um caminho para o equilíbrio pessoal e a cura das doenças. Proporcionando assim, uma melhor qualidade de vida às pessoas.

          Segundo TOLEDO (site sunflowers), os objetivos da Terapia Floral são:
• purificar a alma;
• “criar saúde”;
• estimular o auto-conhecimento;
• dar maior estabilidade à personalidade;
• ampliar a resistência contra perturbações emocionais e psicossomáticas;
• prevenir doenças físicas;
• reforçar tratamentos médicos homeopáticos ou alopáticos;
• ajuda o organismo se curar, resgatando virtudes, despertando talentos e desenvolvendo no individuo seu potencial latente de manter seu próprio bem-estar.


INTRODUÇÃO

“Não existe cura autêntica, a menos que haja uma mudança de perspectiva,
serenidade mental e felicidade interior.”
(Dr. Edward Bach)


          A Terapia Floral segue alguns princípios da homeopatia, como, por exemplo, tratar doenças pelas causas e não pelos sintomas. Dr Edward Bach – médico inglês – defendia a idéia de que as doenças são conseqüências de um desequilíbrio emocional e mental, e as emoções fazem parte da enfermidade, portanto, não se tratam com a medicina tradicional.

          A Terapia Floral é um desdobramento da medicina vibracional que considera não apenas o corpo físico, mas também os corpos energéticos sutis associados ao corpo físico. Tem a capacidade de reorganizar emoções que possam desencadear doenças. O ser humano é visto de forma integral em seus aspectos físico, mental, emocional e espiritual, todos interligados e interdependentes funcionando como um sistema onde os desajustes ou desequilíbrios de um dos aspectos atingirão os demais.

          Há tempos o processo de aprendizagem vem sendo estudado com a finalidade de buscar a maneira correta de ensinar as crianças, para que tenham possibilidades de se tornarem cidadãos capazes e conscientes de sua missão durante a vida. Assim, a aprendizagem envolve o processo de desenvolvimento do ser humano e deve permitir à criança vivenciar experiências que possam ajudá-la durante toda sua existência.

         Inúmeros programas de alfabetização, poucos com resultado, têm sido idealizados para atender as crianças consideradas normais, até aquelas classificadas como deficientes, superdotadas, hiperativas e que necessitam de tratamento especial.

         Entretanto, além de uma prática pedagógica adequada, a Terapia Floral traz ótimas opções para melhoria do aprendizado, independentemente da presença de algum tipo de deficiência, pois, características como a dispersão ou a insegurança podem comprometer muito o desempenho do indivíduo no processo de aprendizagem.

          Ela apresenta muitos pontos comuns à antroposofia de Waldorf, do início do século e aos conceitos revolucionários de Daniel Goleman, do final deste século, ao afirmar que o equilíbrio das emoções é essencial ao homem e que este é um ser total, dotado não só de QI, pois seus princípios básicos escritos pelo Dr Bach dizem que o homem possui:
* uma alma ->  que é o seu ser real
* um espírito -> se ser divino
* um corpo -> templo terreno desta alma.


DISCUSSÃO

“O medicamento deve atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio
emocional no campo energético.”
(Dr. Edward Bach)


          Todo o ser humano aprende e incorpora conhecimentos, sendo a linguagem o distintivo do homem em relação aos demais animais.

         É interessante que seja conceituado o que é maturidade, evolução e desenvolvimento. Muitas pessoas tendem a usar estes conceitos tão distintos para explicar o mesmo assunto e, no entanto, eles não apresentam o mesmo significado. Por exemplo: a criança está com dificuldades no seu desenvolvimento, não tem maturidade ou mesmo não evoluiu bem e por isso ainda não aprendeu a ler, escrever, falar, etc.

        A maternidade depende do desenvolvimento biológico, mas requer estimulação ambiental para que seja adquirida (engatinhar, sentar, andar, correr, falar, etc.).

          A evolução é o desenvolvimento biológico de comportamentos hereditários, ou seja, a mielinização, a modificação dos tamanhos dos órgãos.

         O desenvolvimento pode ser visto como sendo a troca contínua que o indivíduo produz desde a sua concepção até a morte; o resultado de complexas interações entre o indivíduo e o meio.

         Portanto, para que seja possível a aquisição de qualquer tipo de aprendizagem, está implicada a aquisição de condutas de desenvolvimento que dependam da influência do meio sobre o indivíduo. Para que haja aprendizagem é necessário um desenvolvimento neurológico harmônico em interação com as influências ambientais.

          A aprendizagem é um processo que se culmina numa mudança adquirida de comportamento, onde estão incluídas as condições internas e externas. Esses comportamentos são movidos por interações e determinantes psicossociológico e neurológico.

          A criança com dificuldades em aprender não é uma criança deficiente. Trata-se de uma criança normal, mas que apresenta déficits em outras habilidades. Estas crianças apresentam uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. Não pertencem a nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possuem um potencial normal que não é realizado em termos de aproveitamento escolar.

          Não é culpa dos métodos de ensino. Existem métodos que são ideais para um tipo de criança e que são falhos para outro. Portanto, os métodos não devem estar associados às dificuldades que a criança apresenta, como também não podemos classificar com dificuldades de aprendizagem as crianças que apresentam privação cultural, uma vez que também são encontradas crianças de classe econômica bem favorecida com dificuldades de aprendizagem.

          A dificuldade de aprendizagem é um termo usado de maneira geral, referindo-se às crianças que podem apresentar dificuldades quanto a aquisição da leitura e da escrita, compreensão auditiva, compreensão da leitura, dificuldades na escrita e no raciocínio matemático. Dificuldades estas intrínsecas ao indivíduo e/ou desencadeadas por fatores ambientais e emocionais (SOUZA, 2000)

          Os remédios florais figuram entre os métodos sutis de cura, semelhantes à homeopatia clássica de Samuel Hahnemann, à medicina antroposófica e à medicina espegírica ou herbácea, que atuam por caminhos indiretos, via corpo físico.

          Como terapeuta floral e educadora, TOLEDO (site), relata ter tido a oportunidade de observar detalhadamente os benefícios dos florais sobre as dificuldades de aprendizagem. Os resultados satisfatórios que observa são efetivos e se dão de forma natural e saudável.


DEPOIMENTOS

          SCHEFFER (1984), relata algumas experiências com os Florais de Bach aplicados em casos relacionados com a aprendizagem.

1º caso (automedicação): – Andreas tem Problemas na Escola

Andreas M., nascido em maio de 1973, os pais agora com 56 e 74 anos.
A mãe escreve como introdução:
“Andreas é filho único, sem amigos nem companheiros. Brinca quase sempre sozinho, gosta de trabalhos manuais e é criativo. É tímido e tem dificuldades para relacionar-se com estranhos e até mesmo com visitantes.
Os primeiros dois anos do primário foram desastrosos. Já nas primeiras três semanas ele perde toda criatividade. Não consegue estabelecer contato com outras crianças, é roubado... Retrai-se totalmente. Sua professora evidentemente interessa-se apenas pelo andamento normal do curso. Não há o mínimo estímulo para habilidades que não se enquadram no programa escolar. Andreas torna-se teimoso, dá respostas erradas propositalmente, desrespeita a disciplina e fica agressivo... Finalmente é classificado como anti-social.
Com muito amor e paciência consigo fazê-lo atravessar essa fase.
Os dois anos seguintes na escola transcorreram melhor. O novo professor trata Andreas sem preconceitos. Ainda assim passa-se um ano até Andreas criar confiança, fazer o dever de casa com disposição e responder mais audivelmente às perguntas do professor.
Crio coragem e inscrevo Andreas no ginásio – baseando-me nos resultados alcançados sem muito esforço e na observação do professor de que, talvez, a capacidade do menino esteja sendo muito pouco exigida, mas ainda com restrições sobre seu comportamento social.
No começo de agosto – durante as férias – escolho para ele, baseando-me no livro Os remédios florais do Dr. Bach, os remédios Holly e Mimulus.
Ao mesmo tempo, sempre que reage com muita agitação e agressividade, faço-lhe aplicações de Rescue Remedy como creme na testa (ele não aceitava tomar qualquer remédio, gotas ou comprimidos). Às vezes ele mesmo pede o creme.
Três dias depois da primeira dose de Holly e Mimulus, Andreas começa a ficar mais alegre. Ele age de modo mais solto, mais livre e pela primeira vez ri alto, até sobre os próprios ataques de raiva! Depois de uma semana começa a interessar-se por novas brincadeiras, a fazer piadas e, pela primeira vez, faz um passeio de bicicleta com um colega da escola.
Três dias antes do reinício das aulas, dou-lhe a combinação para o início das aulas, enquanto continua tomando Holly e Mimulus. A mudança de escola ocorre sem problemas. Ele levanta logo depois de acordar (o que não acontecia durante os anos no primário), faz os deveres de casa espontaneamente, logo depois do almoço, e parece satisfeito consigo mesmo e com o mundo.
Já que dificilmente as pessoas mudam assim facilmente, passo a dar-lhe, a partir do dia 2 de outubro, Mimulus, Chestnut Bud, Impatiens, Holly e Aspen. Ele toma essas gotas regularmente e com prazer.
Meados de outubro: uma conversa com os professores não revela nada de anormal; às vezes Andreas é um pouco distraído, mas faz perguntas ao professor e parece pensar no futuro.
Dia 16 de outubro: troco Holly por Willow (Andreas mostra-se muito egoísta...). Aspen é suspenso.
Dia 05 de novembro: Andreas não estudou (na parte oral), pois achou que tudo seria fácil como no primário. Está cansado, muitas vezes não consegue dormir; tem dores de cabeça. Duas vezes tira um ‘6’ em matérias objetivas (na Alemanha, as notas têm os valores inversos, sendo 1 a melhor nota, etc, (N.T.)). O esforço (acordar às 5:45h – voltar da escola às 14 h) deixa sua marca. Dou-lhe Clematis, Willow, Gentian, White Chestnut. E ele tem de dormir mais cedo!
Resultado: Andreas passa, sem muito esforço, da nota ‘6’ para ‘ótimo’. Ele gosta da escola, mostra interesse. Quando termina o frasco de remédios, suspendemos as gotas.
Dia 12 de dezembro: Andreas chega em casa com os olhos inchados e cheios de hematomas; não come, está abatido, como que triturado. Vai para a cama sem resistir. Passo-lhe Rescue Remedy na testa.
Dia 13 de dezembro: nosso praticante constata um leve resfriado e mau funcionamento dos rins. Andreas toma medicação homeopática. Ele não se abre. Tenho a sensação de que esconde alguma coisa, mas não insisto.
Dia 14 de dezembro: Andreas toma Mimulus, Olive, Gorse, Chestnut Bud, Gentian e Larch.
Dia 17 de dezembro: apesar de estar fisicamente recuperado, meu filho não quer voltar à escola. Afirma que nunca irá passar no Exame Final do Curso Secundário (ele tem apenas 10 anos), que é tão difícil... Novamente passo-lhe Rescue Remedy na testa; prometo não chamá-lo na manhã seguinte, e digo-lhe que vamos conversar sobre o assunto.
Dia 19 de dezembro: uma reprimenda chega da escola, por ‘insinceridade’ no dia 12 de dezembro. Relutante, fico sabendo a verdade. No fim da segunda aula, enquanto a professora estava corrigindo, Andreas dera uma mordida no pão do lanche; perguntado sobre o que estava comendo, respondera ‘nada’ e guardara o pão. Por isso a reprimenda! Com o início das férias e minha reclamação contra esse tratamento, as coisas se arrumaram.
Desde o Natal, Andreas não está mais tomando quaisquer gotas. Ele continua gostando da escola. Seu boletim está razoavelmente bom. Média 2,7 (os esportes não são o seu forte!). Observações: colaboração, louvável; comportamento, satisfatório. Estamos todos satisfeitos.
Conclusão: A quantas crianças, cansadas da escola e mal-humoradas, poderíamos ajudar assim. A quantas crianças poderíamos poupar a necessidade da matrícula em escolas para crianças-problemas!?!”
***

2º caso: – Medo da Escola

“Um menino de 6 anos tinha medo da escola. Esse medo aumentava à medida que o dia da primeira aula se aproximava. Primeiro, a mãe levou-o ao pediatra, que receitou um tranqüilizante. Conforme ela me contou, esse remédio em nada mudou seu estado de medo e o choramingar. O medo manifestava-se especialmente à noite, na hora de dormir, com choro, desanimo e as palavras: ‘Não vou para a escola.’ Optei pelos remédios: Mimulus, Aspen e Elm. Iniciamos esta medicação uma semana antes do primeiro dia de aula.
Já no segundo dia verificou-se uma mudança. O menino estava menos tenso, mais tranqüilo e demonstrou certo interesse pela escola. No primeiro dia de aula foi, ‘bastante alegre’ – conforme contou a mãe –, e assim continuou.
Quando terminou o primeiro frasco, fiz uma reavaliação, eliminei o Elm e acrescentei, no seu lugar, Clematis para melhorar o aproveitamento das aulas. Mais tarde, os pais informaram que ele tinha se adaptado bem à escola e que não havia mais motivo para preocupações.”
***

3º caso: – Problemas de Fala, Devido a Choque e Irritação

“Um pensionista de 79 anos envolveu-se, um dia antes da eleição federal, numa violenta discussão política. Ficou com os nervos abalados, pois, conforme disse, sentiu-se humilhado durante a discussão com alguns jovens. A partir desse dia ‘perdeu a fala’.
Passadas oito semanas, veio ao meu consultório por causa dos continuados problemas de fala. Disse-me: ‘Às vezes não consigo pronunciar uma única palavra. E sinto-me fraco e desanimado. E sem apetite’.
Receitei Star of Bethlehem por causa do ‘choque emocional’ sofrido na discussão. Passados oitos dias, ele já falava melhor e o apetite estava voltando. Uma sensação de obstrução na garganta desapareceu. O paciente já voltou a fazer palavras cruzadas e sente vontade de viver. Depois de outros dez dias, o problema de fala havia desaparecido.”
***

4º caso: – Apoio no Tratamento de uma Criança SPO

A professora de uma escola para excepcionais relata:
“Marcus, hoje com 10 anos, freqüentou durante três anos a minha turma. Trata-se de uma criança SPO (Síndrome psico-orgânica infantil, um retardamento do desenvolvimento do cérebro), e como tal, facilmente desanimada e muito medrosa. Antigamente, Marcus dificilmente conseguia dominar suas emoções, e sofria de violentos ataques. O menor acontecimento, para ele negativo, desequilibrava-o. Não suportava fracassos. Tinha pouquíssima autoconfiança. Em abril de 1983, tive que transferi-lo, muito contra minha vontade, para um colega. Para facilitar-lhe a transferência, sugeri à mãe que tentasse uma terapia com os remédios do Dr. Bach, que já conhecia de experiência própria. Em combinação com a mãe e o praticante responsável, escolhemos a seguinte combinação: Chestnut Bud, Gentian e Mimulus.
A reação de Marcus a esta medicação foi surpreendente, e assim foi mantida, com eventuais substituições. Geralmente, ele escolhia seus próprios remédios intuitivamente. Em aditamento foi-lhe dada a chamada mistura escolar: Larch, Mimulus e White Chestnut, que o fizeram sentir-se bastante apoiado.
Hoje (março de 1984), Marcus é um menino esperto, que consegue acompanhar as aulas, apesar da Legasthenia. Tornou-se responsável e mais independente. Seus antigos ataques (gritaria, agressões a colegas, desespero, etc.) são muito raros. Não se assusta mais com qualquer novidade e é bastante corajoso.
Para os pais, essa mudança é quase um milagre, que ajudou muito a aliviar a tensão no ambiente familiar.
Para mim, o caso Marcus é um típico exemplo de quanto podemos conseguir, com a terapia de Bach, nos casos de crianças retardadas.”
***


          Os Florais de Bach são medicamentos obtidos a partir da energia extraída de algumas flores, por isso, podem ser usados com outros tratamentos e não provocam efeitos colaterais.

         Eles podem fazer com que os sentimentos que estão sendo curados sejam agrupados, ou seja, temporariamente exacerbados. Isso é a chamada Crise da Cura, ou melhor, Crise da Consciência, pois há maior conscientização dos sentimentos em questão e dos pensamentos por trás desses sentimentos.

         É interessante saber, complementa BRANDÂO (1993), que a palavra crise vem do grego e quer dizer “tomar um novo rumo na vida”. A Crise da Consciência é suportável, de curta duração, pode ser acompanhada de dores de cabeça, tonturas, enjôos e insônia. O ponto importante é que ao invés de interromper o Floral que está levando à crise, pode-se tomar concomitantemente Rescue Remedy que ajudará a “segurar” a Crise da Consciência.


CONCLUSÃO

“E possa eu sempre ter gratidão no meu coração pelo Grande Criador que, em toda a Sua glória,
colocou as ervas no campo para a nossa cura”.
(Dr Edward Bach)


          Todos nós temos os nossos “pontos fracos” e podemos, portanto, sofrer de modos diferentes. Para alguns, a tensão e o esforço excessivo podem resultar em enxaqueca; para outros, em asma; para outros ainda, em problemas digestivos ou em perturbações da pele; e, embora a pessoa sempre possa ter sentido essa fraqueza, o medo, o aborrecimento ou a ansiedade freqüentes vezes iniciam um caso, ou causam uma sensível piora da condição. Na verdade, trata-se do mecanismo de defesa integrado ao corpo, e ele atua como um sinal de alerta a nos dizer que exercemos uma pressão demasiado forte sobre nós mesmos, que deveríamos reservar algum tempo para nos recuperar e repousar. Todavia, as pressões da vida são tais que nem sempre é possível tirar uma folga quando se precisa ou deixar de trabalhar quando se deseja. Os outros podem depender de nós e, desse modo, continuamos a ir em frente... Por fim, alguma coisa tem de ceder e, justo como o motor de um carro, a “válvula de escape” do corpo ou dá vazão ou precisa ser substituída. Se a constituição física é forte, pode ocorrer um colapso emocional. Mas, qualquer que seja o efeito, é a causa que importa.

          Contudo, seja qual for o problema, não há dúvida de que o aborrecimento, o medo, a depressão, a autocomiseração e outras emoções negativas, que tão freqüentemente acompanham a má saúde, impedem nossa recuperação e retardam a convalescença. Porém, devido ao fato de os remédios tratarem desses sentimentos negativos, nossa força interior pode ser renovada com a ajuda deles, e isso ajudará nossa recuperação e o retorno à saúde.


BIBLIOGRAFIA

• LOPES, Adriana. Apostila do Curso de Floral. Estácio de Sá, RJ – 2006.
• SCHEFFER, Mechthild. Experiências com a Terapia Floral do Dr. Bach – Com um Questionário para Diagnóstico. ª ed. Ed. Pensamento, SP – 1984.
• BRANDÃO, Mª Eloina. Flores que Curam Através da Alma. Ed. Letras e Letras, 1993.
• SACALOSKI, Marisa; ALAVARSI, Edna; GUERRA, Gleidis. Fonoaudiologia na Escola. Ed. Lovise, SP – 2000.
• SOUZA, Lourdes. Fonoaudiologia Fundamental. Ed. Revinter, RJ – 2000.
• Howard, Judy. Os Remédios Florais do Dr. Bach – Passo a Passo. Ed. Pensamento, SP 1990.
• TOLEDO, Lúcia. SITE: www.sunflowers.com.br, visitado em 2007.



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